2005-08-21

No limbo

Irão
O regime teocrático do Irão está em plena (r)evolução, dividido entre uma linha constitucional e uma ala revolucionária. Paralelamente, o desenvolvimento do seu programa nuclear militar, em contravenção dos acordos com a AIEA, provoca a apreensão dos seus vizinhos, nomeadamente no caso de Israel. Depois da invasão norte-americana do Iraque, a Alemanha, a França e a Grã-Bretanha têm procurado, de um modo concertado, impedir a emergência do Irão como potência nuclear e preservar os equilíbrios estratégicos regionais.


Coreia do Norte
O regime comunista sultânico da Coreia do Norte, fechado sobre si próprio e isolado internacionalmente, cria à sua volta a incerteza. A sua vontade expressa de tornar a Coreia do Norte uma potência nuclear, que pode provocar uma proliferação em cadeia na Ásia Oriental, incluindo o Japão e Taiwan, merece a oposição das principais potências. Os Estados Unidos e a China, juntamente com a Rússia, o Japão e a Coreia do Sul procuram uma fórmula para neutralizar a estratégia de nuclearização norte-coreana.


Iraque
Depois da invasão norte-americana e da deposição do regime de Saddam Hussein, tornou-se decisivo para os Estados Unidos, que jogam na formação de uma democracia iraquiana o essencial da sua estratégia no Médio Oriente. Esse processo, marcado pela escalada da insurgência terrorista, entrou numa fase crucial, com a feitura da Constituição iraquiana.

2005-08-07

Unreal City

Under the brown fog of a winter dawn,
A crowd flowed over London Bridge, so many,
I had not thought death had undone so many.
Sighs, short and infrequent, were exhaled
And each man fixed his eyes before his feet

T. S. Eliot, The Waste Land, 1922

P.S. Notáveis semelhanças com o seguinte verso de Dante Alighieri em Inferno:
Si lunga tratta di gente, ch'io non avrei mai creduto che morte tanta n'avesse disfatta.